domingo, 9 de junho de 2013

Estratos e Tipos de estratificação



Estrato:
Um estrato corresponde a uma camada sedimentar, de forma geral tabular com propriedades características que a permitem distinguir das camadas adjacentes. Essas propriedades de distinção podem ser a sua cor, litologia, conteúdo fossilífero, espessura ou pelas suas granulometrias, ainda sendo possível determinar a idade da camada através da análise dos fósseis que nela se encontram depositados.
Para além dos fósseis nos fornecerem a idade da camada também nos indicam os respectivos ambientes de deposição de cada camada.




Fig.1 - Estratos sobrepostos




Estratificação:
            É uma propriedade que as rochas sedimentares possuem de se depositarem horizontalmente, na sua grande maioria, em camadas paralelas umas às outras por efeito gravítico. O processo de estratificação é um processo contínuo, logo também é factor de estudo a forma como o topo e a base das camadas se relacionam.



Tipos de estratificação:

·         Estratificação Cruzada: Estrutura de camadas que se cruzam e truncam em ângulos, formando-se com base num processo de sedimentação contínuo, se existir discordância. As camadas que são depositadas na horizontal e as restantes que não se depositam na horizontal, relativas a marés, canais de rios (basicamente em ambiente litoral), formam ângulos, cruzando-se com as camadas vizinhas, correspondendo esses ângulos a mudanças de direcção do fluxo de água ou vento, permitindo assim determinar e caracterizar o ambiente de sedimentação.

Fig. 2 - Estratificação Cruzada


·         Estratificação Gradacional: Estratificação que apresenta uma variação gradual e progressiva da granulometria apresentando-se, por vezes, rítmica, indicando ciclos que retractam ambientes sazonais ou então a variação da força da corrente da maré, que pode vir a ficar mais forte ou mais fraca com o tempo. Este episódio de estratificação pode ainda ser visível em depósitos piroclásticos, material resultante de actividade vulcânica, em que os fragmentos mais grosseiros se depositam primeiro que os mais finos. Quando o contrário ocorre, ou seja, o fino na base e o grosseiro no topo, estamos presente uma estratificação gradacional invertida.

Fig. 3 - Estratificação Gradacional



·         Bioturbação: É muito comum encontrar nas rochas sedimentares a estratificação interrompida por tubos quase cilíndricos com poucos centímetros de diâmetro, que se estendem verticalmente ao longo de várias camadas. Estes furos são característicos de moluscos e outros animais marinhos que assim fazem a sua casa.

Fig. 4 - Bioturbação



·         Ripple Marks: Os ripples marks são característicos de uma superfície ondulada, constituídos por sedimentos arenosos e siltosos, que se formam em dunas, pela acção dos ventos e de correntes. Podem ser simétricos ou assimétricos, sendo que os simétricos são mais típicos do “vai e vem” de pequenas ondas de água. As assimétricas são comuns quando a ondulação é formada por um fluxo de corrente fluvial ou eólica e servem para definir uma sequência estratigráfica, usando as estatísticas da assimetria, definir também o rumo preferencial da corrente, tanto fluvial como eólica, devido ao sentido mais íngreme ser o sentido contrário ao do fluxo.


Fig. 5 - Ripple Marks



Referências bibliográficas:

- http://geohistorialx.webnode.pt/estacao-de-servico-de-loures/estratos,%20estratifica%C3%A7%C3%A3o%20e%20estratigrafia/

- Vera Torres, J. A., 1994, Estratigrafia, Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda

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